O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou esta quarta-feira a autoria de três novos ataques contra alvos israelitas no norte de Israel, mantendo o fogo cruzado das últimas três semanas.
Por volta do meio-dia, os combatentes do grupo xiita lançaram um primeiro ataque contra um local perto da cidade fronteiriça de Blida, que causou "ataques diretos do lado israelita", de acordo com uma série de declarações do Hezbollah.
Na tarde de hoje, lançaram "projéteis de artilharia e mísseis" contra o quartel-general do "novo batalhão de Zarit", onde o exército israelita estava a "concentrar os seus veículos e forças", em Khallet Wardah, causando baixas, embora não tenham especificado o número.
Horas mais tarde, a localidade de Hadab al Bustan foi atingida por projéteis de artilharia, de acordo com declarações do Hezbollah.
Por outro lado, a agência libanesa de notícias (ANN) informou hoje que Israel efetuou mais três ataques no sul do Líbano.
Desde a intervenção israelita na Faixa de Gaza, os confrontos ao longo da fronteira têm vindo a intensificar-se, transformando-se numa troca quase contínua de mísseis e bombardeamentos, com 49 mortos nas fileiras do grupo xiita e cerca de 29.000 deslocados internos só do lado libanês.
Desde 08 deste mês, um dia depois do início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas em Gaza, o Hezbollah e as tropas israelitas têm estado envolvidas num intenso fogo cruzado nas zonas fronteiriças, onde também se registaram ações reivindicadas por fações palestinianas presentes em território libanês.
A escalada de tensão na fronteira, a mais elevada desde 2006, matou pelo menos 71 pessoas: oito em Israel - sete soldados e um civil - e pelo menos 63 no Líbano, incluindo oito civis, entre os quais um operador de câmara da Reuters, 49 membros do Hezbollah e seis membros de milícias palestinianas.