Os candidatos Carlos Vila Nova e Guilherme Posser da Costa passaram à segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe, que deverá realizar-se a 8 de agosto, após o escrutínio deste domingo não ter determinado um vencedor, de acordo com dados provisórios divulgados esta segunda-feira.
Segundo os resultados anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN) de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI), do presidente cessante, Evaristo Carvalho, foi o candidato mais votado, com 39,47%.
Em segundo lugar ficou Guilherme Posser da Costa, (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata), do atual governo de Jorge Bom Jesus, com 20,75%.
O candidato Carlos Vila Nova rejeita a hipótese de segunda volta e alega ter conseguido a vitória na votação de domingo, com mais de 50% dos votos, garantindo uma eleição à primeira volta, e manifestou-se preocupado com a demora na divulgação dos dados oficiais.
Os resultados provisórios das eleições presidenciais de domingo em São Tomé e Príncipe ainda não foram divulgados pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN).
Em conferência de imprensa na sede de campanha, em Santarém, arredores da capital são-tomense, o diretor de campanha, Américo Ramos, indicou dispor de dados que "apontam para uma vitória do Vila Nova", mas não esclareceu se será necessário disputar uma segunda volta.
Delfim Neves alega "fraude massiva"
Em terceiro lugar ficou Delfim Neves, presidente da Assembleia Nacional e apoiado pelo Partido da Convergência Democrática, com 16,88%, que já anunciou que vai contestar os resultados por "fraude massiva".
"A contestação é profunda. Não é aceitável em país nenhum, nem na Europa, China, um lugar qualquer, o candidato que fez a melhor campanha, durante três meses, atendeu todas as necessidades e passou a sua mensagem, a que o povo aderiu. De repente, passa para terceiro lugar e com votos residuais. Ao menos que sejam votos que sejam aceitáveis", sustentou.