A rua de Alexandre Braga, junto ao Mercado do Bolhão, no Porto, vai transformar-se numa artéria pedonal, ficando interdita ao trânsito a partir de segunda-feira em consequência da empreitada, adiantou hoje a autarquia.
Em comunicado, a Câmara do Porto revela que a intervenção, que arranca no dia 14 de novembro e tem uma duração estimada de 60 dias, vai transformar a rua de Alexandre Braga numa rua pedonal.
Naquela artéria, na envolvente do Mercado do Bolhão, o trânsito estará proibido, à exceção de cargas e descargas, e do acesso a garagens.
A empreitada, a cargo da empresa municipal GO Porto, integra o plano municipal de pedonalização do centro histórico do Porto, que a autarquia vai apresentar até ao final do ano.
Numa apresentação no congresso Cidades que Caminham, o vereador com o pelouro do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, considerou que o plano de pedonalização do centro histórico deverá ser "mais fácil de ser implementado", por já existirem as Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC).
Em declarações aos jornalistas, à margem do congresso, o vereador disse que o plano "é para toda a cidade do Porto" e "corresponde a uma estratégia que determina que tipos de árvores, que tipos de caldeiras, onde é que elas devem ser plantadas", no caso de uma intervenção ou obra no espaço público, definindo "quais são as boas práticas e as práticas que devem ser evitadas".
"Vem a reboque de uma intenção já expressa na estrutura ecológica municipal, do Plano Diretor Municipal [PDM], que advoga, como rede de conexão ecológica, os espaços urbanos que são arborizáveis", explicou.
Segundo Pedro Baganha, o plano incide "mais sobre tipologias de espaço público do que propriamente dizer que "esta rua vai ser e aquela não vai ser"" arborizada.
"Isto está em linha com a nossa própria estratégia de descarbonização da cidade que, como sabem, também é muito ambiciosa", referiu.
No dia 31 de janeiro foi lançado o Pacto do Porto para o Clima, sendo a adesão voluntária, não vinculativa e sem custos por qualquer pessoa ou organização, independentemente da dimensão, ação prévia ou personalidade jurídica.
A intenção é "que a cidade consiga antecipar" as metas de neutralidade carbónica apontadas pela Comissão Europeia de 2050 para 2030 e, "com esta ambição, assumir uma liderança nacional nesta matéria", explicou à Lusa, em 29 de janeiro, Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, responsável pelo pelouro do Ambiente e Transição Climática.
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