O PS acusa a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, de “omitir ou faltar à verdade” ao Parlamento a propósito da indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis.
O deputado socialista Carlos Pereira falava aos jornalistas, à margem da audição ao chairman da TAP, Manuel Beja, na comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea, a meio da audição ao chairman da companhia aérea, Manuel Beja.
Um parecer da sociedade de advogados Linklaters, agora conhecido, alertava que, para efeitos de indemnizações, “todos os administradores estavam sujeitos ao estatuto de gestor público e que a TAP era uma empresa sujeita ao regime do setor empresarial do estado”, afirma Carlos Pereira.
Este parecer “confirma o relatório da Inspeção-Geral de Finanças, que não era possível aquele acordo com Alexandra Reis e que ele era ilegal e nulo”, sublinha o deputado do PS.
“Esta circunstância ocorre a 12 de janeiro de [2022]. A 12 de janeiro o chairman, a CEO e todos os administradores conheciam que não era possível, porque era ilegal, fazer um acordo daquela natureza com Alexandra Reis”, reforça. O acordo de indemnização foi celebrado a 4 de fevereiro.
Carlos Pereira argumenta que o parecer foi conhecido agora, mas nunca foi referido nas audiências parlamentares por Christine Ourmières-Widener, que acabou por ser demitido pelo Governo com "justa causa".
“Isto é de uma gravidade imensa, porque a CEO da TAP ou omitiu ou simplesmente não falou a verdade nesta CPI sobre saber ou não saber que estava sujeita ao estatuto de gestor público e a cessação do contrato de Alexandra Reis não podia ser feita naqueles termos”, sublinhou.