O número dois do Vaticano foi condecorado esta terça-feira pelo Presidente da República pela sua obra pessoal e pela ligação histórica entre Portugal e a Igreja.
Ao entregar a condecoração, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu a relação como fecunda e especial.
“Portugal deve à Santa Sé o primeiro e decisivo reconhecimento como Estado Independente, pela bula ‘Manifestis probatum est’ do Papa Alexandre III. Mais tarde, Portugal foi agraciado como ‘nação fidelíssima’, e este relacionamento, fecundo e especial, manteve-se praticamente sem rupturas. É em evocação e homenagem ao que é constante e também ao prestígio pessoal e institucional de vossa eminência, que tenho a honra de entregar as insígnias da grã-cruz da ordem de Cristo.”
O cardeal Pietro Parolin aceitou a condecoração em nome do Papa e da Santa Sé e agradeceu a homenagem, destacando a importância do papel da Santa Sé entre os povos na actualidade.
“Deixem-me exprimir o meu grande reconhecimento, gratidão e agradecimento por este gesto. Recebo esta condecoração não em nome da minha pessoa, mas do Papa Francisco e pela Santa Sé, enquanto tal estou aqui por pouco tempo, para servir a Santa Sé, que trabalha pela paz no mundo, pela convivência, pelo respeito, pela colaboração entre as várias nações do mundo. E hoje este trabalho é tanto necessário como urgente.”
O secretário de Estado do Vaticano assegura ainda que se vai empenhar na colaboração entre a Santa Sé e Portugal e falou de Fátima, que admitiu ainda não conhecer.
“Não conhecia Portugal, é a primeira vez que visito. Obviamente que Fátima sempre me suscitou uma grande atracção, mas nunca pensei que viria cá como secretário de Estado. Asseguro que esta honra significa para mim uma ligação estreita a Portugal, às autoridades e à população, e vou trabalhar empenhadamente nesta colaboração entre o país e a santa sé a favor de toda a população portuguesa e das causas do mundo”, afirmou.
[Notícia actualizada às 16h14]