A Comissão de Trabalhadores (CT) da Altice lamenta não estar presente nas negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que estão a decorrer entre a empresa e os sindicatos e quer um aumento de dois dígitos para 2024.
“Decorrem neste momento as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho para 2024”, destacou esta quarta-feira, indicando que é “uma reunião à ‘porta fechada’ entre a empresa e os sindicatos, na qual nenhuma das partes acedeu" ao pedido da organização "de participar, enquanto estrutura representativa de todos os trabalhadores da Meo”.
Segundo a CT, “na reunião de hoje com as associações sindicais, entendeu a empresa, porque não se arroga na titularidade do processo negocial, levar à consideração a questão”, sendo que, de acordo com outro comunicado da estrutura sindical, a questão se deve a “restrições legais”.
Ainda assim, a CT deu conta aos sindicatos e à Altice de algumas das propostas, incluindo um aumento percentual de dois dígitos da remuneração base para 2024, “em conformidade com o crescimento de dois dígitos dos resultados anunciados trimestre após trimestre nos resultados da empresa, e em reconhecimento da necessidade de restaurar o poder de compra dos trabalhadores”.
A CT pediu ainda o aumento do subsídio de almoço para o valor mínimo de 9,60 euros, defendendo que “uma remuneração adequada para apoiar as despesas com alimentação é essencial para garantir a qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores”.
A organização quer também “a atribuição de diuturnidades para todos os trabalhadores, visando garantir igualdade nas condições de remuneração” e um subsídio de teletrabalho.