A Dinamarca anunciou esta quarta-feira um reforço do orçamento para o setor da Defesa até 2030 e o alargamento do serviço militar obrigatório às mulheres.
O país escandinavo e membro fundador da NATO vai aumentar as despesas com as forças armadas em 5,39 mil milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos.
De acordo com a primeira-ministra, Mette Frederiksen, a Dinamarca vai, assim, cumprir a meta da NATO de investir pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa. Atualmente, gasta cerca de 1,4% da riqueza anual do país.
O plano apresentado pelo Governo de maioria inclui outras medidas, como aumentar o serviço militar obrigatório de quatro para 11 meses e o alargamento às mulheres.
“Não vamos rearmar a Dinamarca porque queremos guerra, destruição ou sofrimento. Vamos rearmar agora para evitar a guerra num mundo em que a ordem internacional está a ser desafiada”, declarou Mette Frederiksen.
A Dinamarca desinvestiu no setor da Defesa no início da década de 90 do século passado, com o fim da “Guerra Fria”, mas a invasão da Ucrânia pela Rússia levou o Governo de Copenhaga a alterar o rumo.
A notícia é conhecida dois anos depois da invasão da Ucrânia e poucos dias depois de a Suécia entrar oficialmente para a NATO.
Em declarações à Renascença, no início do mês, o ex-ministro António Vitorino disse que, no atual contexto de guerra na Ucrânia e de ameaça russa, o investimento europeu de Defesa terá que ser "muito superior" aos 1,5 mil milhões de euros, com que a Comissão Europeia pretende estimular a indústria europeia de armamento, até 2027.
Por seu lado, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira que vai enviar tropas para a fronteira com a Finlândia, que recentemente também aderiu à Aliança Atlântica.
O líder russo admite que não só tropas, como também sistemas de destruição vão passar a estar estacionados na fronteira entre Rússia e Finlândia.
Em entrevista à televisão estatal russa, Putin disse que a Rússia está pronta para usar armas nucleares se houver uma ameaça ao Estado, à soberania ou à independência do país.
O Papa Francisco insistiu, esta quarta-feira, nos apelos para que se ponha um fim "à loucura da guerra". Foi no final da audiência publica desta quarta-feira, e no dia em que passam 11 anos da eleição como Papa.