As candidaturas ao cheque para formação digital universal, no valor de 750 euros abrem no dia 08 de setembro através do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), segundo indicou à Lusa o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Em causa está o “Cheque – Formação + Digital” dirigido a todos os trabalhadores, independentemente do seu vínculo, com um valor até 750 euros, para formações que os capacitem em competências digitais, medida apresentada em julho pelo secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes.
A data de abertura das candidaturas (e disponibilização do respetivo formulário) pelo IEFP foi avançada esta segunda-feira pelo jornal digital Eco e confirmada à Lusa pelo Ministério do Trabalho.
Em julho, em declarações à Lusa, Miguel Fontes explicou que esta iniciativa se enquadra na medida Emprego + Digital tendo indicado, então, que chegaria ao terreno durante este mês de setembro.
Esta medida assenta na “possibilidade de qualquer trabalhador, independentemente da natureza do seu vínculo com a situação em que esteja no mercado de trabalho, poder beneficiar de um cheque, no montante de [até] 750 euros, para fazer uma ação de formação em competências digitais” à sua escolha, referiu então o secretário de Estado.
Segundo o governante, “podem ser em questões ligadas à cibersegurança, no tratamento de dados, no ‘marketing’ digital, naquilo que cada trabalhador entenda que é importante para o aperfeiçoamento das suas competências para o mercado de trabalho”, ou numa lógica “de quem aspira a reconversão profissional, a mudar de emprego, a encontrar um outro setor de atividade, poder, digamos, estar devidamente formado e apetrechado nesse sentido”.
O secretário de Estado recordou que o programa no seu total, com mais três medidas além do cheque, será alvo de uma mobilização de 94 milhões de euros no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
Segundo Miguel Fontes, o Governo começou pela medida Emprego + Digital, lançada há um ano, traduzida na "possibilidade de as empresas se candidatarem a ações de formação para o conjunto total ou parcial dos seus trabalhadores”.
“Neste momento, desses 94 milhões, já estão comprometidos com esta medida 43 milhões de euros”, disse o governante, que estima que tenha sido abrangido um universo de 200 mil trabalhadores.
“O objetivo é, agora, que o restante seja repartido entre estas três medidas”, indicou, salientando que, como este é “um sistema aberto”, decidiram “não adotar uma lógica de uma dotação orçamental por medida”, mas “fazer uma gestão integrada em função da procura que cada uma destas modalidades venha a demonstrar”.
As restantes medidas estão relacionadas com a capacitação de líderes e de formadores.