As negociações para chegar a um acordo sobre o clima continuam em Madrid, sem fim à vista.
Ao que a Renascença apurou quem está agora a bloquear o consenso é o Brasil.
O prazo para o fim da cimeira COP 25 era sexta-feira passada. Sem ter sido alcançado um acordo, mantiveram-se reuniões à porta fechada durante a noite e fez-se um novo plenário, na esperança de se chegar a um documento final satisfatório no sábado de manhã. Esse novo prazo foi-se estendendo ao longo do dia e ao final da noite já se falava no prazo limite de 2h30, na madrugada de domingo.
Contudo, nem isso bastou e este domingo de manhã continuam os trabalhos em Madrid. As organizações não-governamentais falam num “desastre total” e dizem que nunca viram um desacerto tão grande entre os ativistas e os decisores. Vozes de dentro do plenário falam num cenário caótico não só pelo desacordo entre as delegações, mas também pela confusão prática que chega ao ponto de os participantes não saberem onde localizar os documentos a discussão.
As negociações continuam agora em contrarrelógio para evitar o fracasso absoluto desta cimeira que estava inicialmente marcada para o Chile mas acabou por ser alterada para Madrid.