O vereador da Higiene Urbana na Câmara de Lisboa assumiu hoje "algumas falhas" na recolha do lixo nas últimas semanas, nomeadamente devido ao défice de funcionários, e anunciou a contratação de mais 160 trabalhadores em julho.
"Tem havido algumas falhas nas últimas semanas decorrentes de várias situações", afirmou o vereador Ângelo Pereira (PSD), em resposta a questões da vereadora do PS Inês Drummond sobre os problemas registados na recolha do lixo na cidade de Lisboa.
Na reunião pública do executivo camarário, a socialista apresentou imagens de lixo acumulado à espera de ser recolhido, considerando que "a cidade esteve paralisada do ponto de vista da recolha do lixo" e questionando o que aconteceu. Inês Drummond perguntou ainda se existe "algum plano de contingência para este verão".
"Não está paralisada a recolha [de lixo], está com algumas deficiências", respondeu o vereador da Higiene Urbana, acrescentando que a remoção de resíduos urbanos na cidade "é uma responsabilidade partilhada" entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), salientou ainda que as dificuldades registadas na higiene urbana "preocupa a todos" e defendeu a necessidade de "reformas estruturais" nesta área.
Autarquia vai contratar mais 160 trabalhadores
"Quando nós chegámos [ao executivo] já era um problema, ou seja, a higiene urbana, as queixas da higiene urbana, elas existiam antes de nós chegarmos, aliás o défice de pessoal que existia e que nós vamos tentar colmatar, já era à volta de 200 funcionários", declarou Carlos Moedas, anunciando a contratação de 160 trabalhadores em julho.
O presidente da câmara destacou ainda a assinatura, no início de julho, dos contratos de delegação de competências e dos contratos interadministrativos com as 24 juntas de freguesias da cidade para que assegurem a recolha do lixo junto aos ecopontos e ecoilhas.
"Temos completa consciência do problema. Agora é um problema que também só se resolve com todos e com a boa vontade de todos", reforçou, assegurando a disponibilização dos recursos necessários e a atribuição do suplemento de penosidade e insalubridade para os trabalhadores da higiene urbana.
Na reunião, o executivo camarário aprovou, por unanimidade, a proposta da liderança PSD/CDS-PP para a definição das funções que preenchem os requisitos de atribuição do suplemento de penosidade e insalubridade da carreira geral de assistente operacional, nomeadamente da higiene urbana, do saneamento, dos procedimentos de inumações, exumações, trasladações, abertura, arranjo e aterro de sepulturas, da limpeza de canis e recolha de cadáveres animais, de asfaltamento de rodovias e de encarregado geral operacional e encarregado operacional nestas áreas.