Nada faz prever que o líder dos socialistas espanhóis (PSOE) consiga formar governo nas próximas duas semanas. O líder do PSOE, Pedro Sánchez, recusou apoiar o partido mais votado, o PP de Mariano Rajoy, partido que tem sido atingido por uma série de escândalos de corrupção. Talvez se Rajoy abandonasse a liderança do PP, como alguns sugerem dentro do próprio partido, um entendimento com o PSOE se tornasse possível. Mas não aconteceu.

Sánchez tenta agora um acordo com o Podemos, partido radical de esquerda. Só que o líder do Podemos, Pablo Iglesias, apresentou ao PSOE uma longa e maximalista lista de exigências, incluindo realizar um referendo na Catalunha sobre a independência. Iglesias sabia que Sánchez não poderia aceitar tais condições - mas o Podemos está interessado em novas eleições, porque as sondagens dizem que a sua votação subirá, ao contrário da votação no PSOE. O Podemos passaria ser o segundo maior partido espanhol, a seguir ao PP.

O problema é que as sondagens também indiciam que novas eleições não irão facilitar uma maioria parlamentar. O impasse continua em Espanha.