O primeiro-ministro António Costa disse este domingo, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, que “quem quer uma democracia forte respeita os mandatos”.
Costa falava na comemoração dos 50 anos do PS e dias depois do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa ter dito que a dissolução da Assembleia da República "seria uma má notícia", mas que "às vezes tem de haver más notícias". "Se tiver de haver, que seja o mais tarde possível”.
Antes o secretário-geral do PS recordou que Manuel Alegre nos primórdios da democracia em Portugal disse que era “preciso respeitar a vontade popular”, e que atualmente continua a ser um “principio fundamental da democracia respeitar a vontade popular”.
E acrescentou que os “portugueses nas últimas eleições disseram que queria estabilidade”.
No início, António Costa − agradecendo a mobilização dos socialistas no Porto e num momento crispado da política portuguesa − afirmou: “Não temos medo da luta e quanto mais a lura aquece mais força tem o PS”.
Depois de mais uma vez repetir que o PS passou uma pandemia, a guerra no Leste da Europa, acrescentou que agora enfrenta “uma inflação que não víamos há 30 anos”.
Ainda assim, Costa crê que os resultados do Governo são mais do que satisfatórios com um crescimento acima do que estava previsto, uma redução da dívida, e o afastar do cenário de inflação.
“Não podemos governar só para o dia de amanhã, temos de continuar a governar para o que é necessário”, referiu.
O primeiro-ministro falou ainda dos pensionistas a quem referiu que foram feitos aumentos que lhes permite ganhar poder de compra.
“Não sei porque é que a direita mente sobre as pensões. Não sei se mente porque mente, ou se porque quando há uma crise não conhece outra receita senão cortar pensões, direitos e rendimentos”, afirmou.
Em relação ao PRR, o líder do executivo criticou mais uma vez a direita. “O PRR que é para ser executado em quatro anos, não se executa em um ano. E vamos executar até ao último cêntimo”, concretizou.
De seguida, e mais uma vez apontando à oposição, António Costa garantiu: “Já tentaram ver-se livres de nós com o diabo, agora tentam ver-se livres de nós com o Chega, mas não chegam para nós, porque nós chegamos para eles, e connosco eles não passam”.
E acabou com uma referência ao ex-secretário-geral do PS e atual secretário-geral da ONU, António Guterres, que dizia quando havia uma crise governativa: “Nervos de aço”.