“Não há evidências” de que inflação já tenha atingido o pico, um aviso deixado esta quinta-feira pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), num discurso em Hanover.
Apesar do forte abrandamento em maio, Christine Lagarde diz que ainda não é previsível o regresso da inflação homóloga aos 2% “até ao segundo semestre de 2025".
Lagarde deixa assim a indicação de que os juros deverão continuar a subir.
A ideia é reforçada pelas atas, hoje publicadas, da reunião de 4 de maio do conselho do BCE, onde os governadores assumiram o compromisso de voltar a subir os juros.
A presidente do BCE deveria passar a mensagem de que ainda não chegou o momento de parar este ciclo de aumentos.
Em maio, o agravamento dos juros abrandou, com uma subida de apenas 25 pontos base, apesar das vozes que pediam o dobro, uma subida de 0,50%. Vingou a proposta mais baixa, com a ressalva de que não está em vima da mesa nenhuma pausa, os juros vão mesmo continuar a subir.
A autoridade monetária decidiu ainda reforçar o compromisso com a retirada progressiva dos apoios às economias mais endividadas, como Portugal, através da compra de dívida.