“Não basta reafirmar o valor e a importância da doutrina se não nos tornamos guardiães da beleza da família e se não cuidamos das suas fragilidades e feridas com compaixão” disse esta sexta-feira o Papa Francisco no arranque do Ano da Família “Amoris Laetitia”.
Numa mensagem vídeo enviada aos participantes num encontro on-line que decorre em Roma sobre este Ano pastoral, Francisco afirmou que as dificuldades relacionadas com “a ditadura das emoções, a exaltação do provisório que desencoraja os compromissos para a vida toda, o predomínio do individualismo e o medo do futuro”, exigem que a Igreja reafirme aos esposos cristãos “o valor do matrimónio como desígnio de Deus, como fruto de sua graça e como um chamamento a ser vivido com totalidade, fidelidade e gratuidade”.
Mesmo “no meio de fracassos, quedas e mudanças, é possível fazer experiência da plenitude da alegria”, garante o Papa.
Nestes tempos de pandemia, no meio de tantos problemas psicológicos, económicos e de saúde que põem à prova tantas famílias, Francisco continua a apostar nelas, como “referência mais sólida, o apoio mais forte e a guarnição insubstituível na consolidação de toda a comunidade humana e social.”
No final da sua mensagem, o Papa encoraja o apoio e defesa da família. “Vamos defendê-la de tudo o que compromete sua beleza. Abordemos este mistério de amor com admiração, discrição e ternura. E empenhemo-nos em salvaguardar os seus vínculos preciosos e delicados: filhos, pais, avós.”
“Estes vínculos são necessários para viver e viver bem, para tornar a humanidade mais fraterna”, concluiu Francisco.