O líder supremo do Irão avisou, esta quarta-feira, que os Estados Unidos devem deixar a região. Num discurso transmitido na televisão estatal, disse que os ataques da última madrugada contra as bases norte-americanas, foram uma “bofetada na cara” dos EUA.
O Ayatollah Ali Khamenei acusa a Casa Branca de tentar retirar o movimento radical Hezbollah no Líbano, para ajudar Israel, país que o líder iraniano apontou, a par com os Estados Unidos, como inimigo do país.
"Uma ação militar como esta não é suficiente. O importante é acabar com a presença corrupta dos EUA na região", afirmou Khamenei num discurso televisivo, no qual descartou qualquer possibilidade de renegociação com Washington sobre o acordo nuclear de 2015.
O líder iraniano tem apelado à vingança pela morte do general Qassem Soleimani, assassinado na sexta-feira juntamente com outras com oito pessoas, num ataque de drone realizado pelos Estados Unidos, em Bagdad.
Khamenei declarou que os norte-americanos trouxeram para a região do Médio Oriente "guerra, sedição e destruição", diante de uma multidão que repetidamente gritava "Morte aos EUA" e "Morte a Israel".
Para esta manhã está marcada uma conferência de imprensa do Presidente norte-americano. Donald Trump garantiu, esta madrugada, através da rede social Twitter que "está tudo bem".
Vinte e dois mísseis balísticos iranianos foram lançados, na madrugada desta quarta-feira, contra duas bases militares no Iraque onde se encontram destacados militares norte-americanos e da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.
O ataque surge em resposta à morte do general iraninao Qassem Soleimani, por ordem de Trump.