A Basílica Metropolitana da Arquidiocese de Évora está de parabéns, nesta quarta-feira, com a passagem dos 711 anos da sua dedicação. Uma data que o arcebispo de Évora assinalou, esta quarta-feira, ao presidir à habitual Eucaristia na catedral.
“A catedral é a Igreja Mãe onde toda a comunidade cristã se sente congregada e, ao mesmo tempo, faz a experiência da sua comunhão, da sua unidade”, referiu à Renascença, D. Francisco Senra Coelho, no final da missa.
“É importante perceber que a igreja catedral tem esta missão de acolher, de receber cada um dos fieis para que todos tenham casa”, prosseguiu, lembrando a mensagem do Papa Francisco no sentido em que a igreja vai sempre “tratar e cuidar das feridas daqueles que chegam”, como um “hospital de acolhimento onde todos têm lugar”.
O prelado sublinha “a sua missão de proclamar”, o que é fácil de perceber quando “chegamos a Évora” onde “ela domina” encontrando-se “na colina principal, o grande edifício que coroa a cidade de Évora, que aponta para Deus, onde Ele mora e se faz próximo do homem.”
Mas, “a catedral”, acrescenta D. Francisco, “é a casa Mãe e por isso temos essa imagem da maternidade, a imagem de Maria, a presença amorosa no mundo.”
A sagração ou dedicação da Catedral de Évora a Nossa Senhora da Assunção aconteceu a 22 de maio de 1308, quando ocupava a cadeira episcopal, D. Fernando Martins. “Um motivo de grande alegria pela nossa casa marcada pela ternura pelos seus filhos e pelo acolhimento”, alude o prelado.
D. Francisco Senra Coelho lembra que a catedral “é a maior de Portugal”, ostenta uma “grande beleza”, para além da “riqueza que os séculos foram colocando nela sendo hoje uma casa preciosa que testemunha o amor de Deus nesta planície alentejana e o seu sentido de Igreja.”
Com três grandes naves, a Sé de Évora exibe na nave central, o altar de Nossa Senhora do Anjo (ou Nossa Senhora do Ó), em talha barroca, com imagens góticas de Nª Sª do Ó, em mármore, e do Arcanjo S. Gabriel.
No exterior da catedral eborense, é o zimbório ou torre lanterna, o elemento arquitetónico que mais se destaca, atendendo à especificidade da sua cobertura em forma de escamas de pedra.
O monumento compreende, também, um Museu de Arte Sacra, inaugurado em maio de 2009, e que conta com um espólio muito valioso nas áreas da paramentaria, pintura, escultura e ourivesaria.