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A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou Portugal por permitir a entrada de turistas britânicos, numa altura em que a variante Delta da Covid-19, altamente infecciosa, já circulava ativamente no Reino Unido.
Merkel mostrou-se esta terça-feira preocupada em relação às regras definidas pela União Europeia em relação a viagens, que, segundo a chanceler alemã, não estão a resultar, à medida que os países adotam abordagens variadas para o surgimento da nova variante da Covid no Reino Unido.
"Agora temos uma situação em Portugal que talvez pudesse ter sido evitada, e é por isso que temos de trabalhar de forma mais afincada nesta matéria", afirmou Merkel.
“Fizemos um progresso muito bom nos últimos meses, mas ainda não estamos onde gostaria que a União Europeia estivesse”, acrescentou
Portugal regista esta terça-feira mais seis mortes e 1.020 novos casos de Covid-19, avança o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O país está em cima da linha da zona vermelha da matriz de risco.
Portugal no vermelho
A variante Delta - detetada pela primeira vez na Índia - é responsável por mais de 60% das infecções na região de Lisboa e Vale do Tejo.
O Governo impôs na sexta-feira uma proibição de viagens na Área Metropolitana de Lisboa no final da semana passada para impedir sua disseminação.
O aumento das infeções ocorre cerca de um mês depois de Portugal, que atualmente detém a Presidência rotativa do Conselho da UE, abrir as fronteiras aos turistas britânicos, embora outros países como Alemanha e França impusessem uma proibição estrita de viagens ao Reino Unido devido à rápida espalhando variante Delta. A Espanha também permitiu a entrada de turistas britânicos.