O Papa visitou este domingo um campo de refugiados em Bangui, na República Centro-Africana (RCA).
Francisco deixou apelos à paz e à reconciliação num país assolado por conflitos entre cristãos e muçulmanos.
“Nós devemos trabalhar, rezar e fazer tudo pela paz, mas paz sem amor, amizade, tolerância e perdão não é possível. Cada um de nós deve fazer alguma coisa. Dirijo-me a vocês, a todos os centro-africanos, para viverem em paz, viver em paz seja qual for a etnia, a cultura, a religião, o estatuto social. Devemos apostar na paz porque somos todos irmãos. E, porque somos irmãos, desejamos a paz. Rezem por mim”, declarou o Papa.
Francisco chegou este domingo à República Centro-Africana, a última escala da sua primeira visita a África, que também o levou ao Quénia e Uganda.
O avião aterrou no aeroporto de internacional de M'Poko cerca das 9h00 (hora de Lisboa) e, desde logo, ficaram bem patentes as fortes medidas de segurança.
O Papa percorreu de automóvel as ruas da capital, Bangui, e visitou o Presidente da RCA. No encontro, disse que estava no país como peregrino da paz e apóstolo da esperança.
A visita do Papa à República Centro-Africana, uma antiga colónia francesa, decorre sob fortes medidas de segurança. Na cidade de Bangui está em vigor um recolher obrigatório durante a noite.
Na agenda de Francisco para segunda-feira está uma deslocação à mesquita central de Bangui, situada num dos bairros considerados mais problemáticos da cidade.
O conflito na RCA provocou centenas de mortos nos últimos anos e cerca de 400 mil refugiados e outros 400 mil deslocados internos.
A Renascença em África com o Papa Francisco. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa