No final da audiência geral desta quarta-feira, o Papa Francisco lembrou mais uma vez a “martirizada Ucrânia”, recordou as muitas mortes causadas pelo conflito e as crianças desaparecidas e pediu orações pelo país.
“Rezemos pelos nossos irmãos e irmãs ucranianos, eles sofrem tanto, a guerra é cruel, tantas crianças desapareceram, tantas pessoas morreram, rezemos, por favor, não esqueçamos a atormentada Ucrânia, hoje é uma data significativa para o seu país”, disse Francisco.
A Ucrânia celebra esta quarta-feira o Dia Nacional da Bandeira e vai comemorar, na quinta-feira o Dia da Independência, proclamado a 24 de agosto de 1991.
Francisco confiou “à intercessão de São Bartolomeu” - que a Igreja celebra precisamente a 24 de agosto - o país “tão duramente” provado pela guerra e expressou tristeza pelas muitas vidas humanas perdidas no conflito.
Antes, ao saudar os fiéis da Polónia, o Papa pediu aos polacos para estarem próximos do país [Ucrânia], convidando-os a testemunhar “concretamente o amor ao próximo, especialmente à população ucraniana que sofre com a guerra”.
Francisco retomou esta quarta-feira o ciclo de catequeses “A paixão pela evangelização: o zelo apostólico do crente”, centrando a sua reflexão no tema “Proclamação na língua materna: São João Diego, mensageiro da Virgem de Guadalupe”.
Numa Sala Paulo VI repleta de fiéis e peregrinos, Francisco explicou que “para anunciar não basta dar testemunho do bem, é preciso saber suportar o mal”
“Não esqueçamos isto: é muito importante, para anunciar o Evangelho não basta testemunhar o bem, mas é preciso saber suportar o mal. Um cristão faz o bem, mas suporta o mal. Ambos caminham juntos, a vida é assim. Ainda hoje, em tantos lugares, inculturar o Evangelho e evangelizar as culturas exige perseverança e paciência, não temer os conflitos, não desanimar”, disse o Santo Padre.