Deschamps sobre Benzema. "Não tenho mais a dizer, mas se não respondo dizem que estou enervado"
17-12-2022 - 13:19
 • Diogo Camilo e Lusa

Selecionador diz que a França "tem vindo a superar imponderáveis" e desvalorizou as baixas devido a um vírus que tem afetado vários jogadores.

Na véspera da final do Mundial frente à Argentina, o tema quente da conferência de imprensa do selecionador francês, Didier Deschamps, foi um jogador que não está com a equipa. Depois de ter sido dispensado devido a uma lesão, Karim Benzema parece estar recuperado e a possível presença do avançado do Real Madrid na final foi discutida.

"Vocês [jornalistas] vão passando a pergunta uns aos outros? Não tenho muito mais a dizer, mas se não respondo dizem que estou enervado. É um assunto que vos interessa, entendo. Tentamos tomar o máximo de precauções, de nos adaptar e de lidar com isso, sem exageros. É obviamente uma situação que se pudesse não existir seria melhor, mas estamos a gerir da melhor maneira possível", disse.

O técnico falou ainda de outras ausências, como a de Lucas Hernandéz, além de vários jogadores afetados por um vírus, que provoca febre, dores de estômago e de cabeça.

Os primeiros a apresentarem sintomas foram Rabiot e Upamecano, levando a que falhassem mesmo o jogo das meias-finais com Marrocos, mas entretanto já recuperaram, com o selecionador a ver outros três jogadores afetados, casos de Coman, Varane e Konaté, com os dois últimos a falharem o treino de sexta-feira.

“Tratamos de controlar da melhor forma possível as diferentes situações. Vamos ver como evoluem os afetados e vamos estar prontos para o jogo que nos espera”, disse o selecionador, na conferência de antevisão da final.

“Temos vindo a superar imponderáveis, com vários lesionados, e temos avançado. Agora estamos na final e estamos prontos para a disputar. Mas acredito que o meu colega argentino também tem enfrentado os seus problemas, cada um tem as suas situações”, salientou.

O selecionador francês explicou que as horas antes de uma final são sempre diferentes, mas acredita na experiência dos seus jogadores para “controlar melhor a ansiedade”.

“O essencial é manter a serenidade. A Argentina já jogou com seis equipas diferentes e com seis sistemas diferentes, já analisámos o que têm feito, mas mesmo assim é possível que façam algo novo contra nós”, referiu, explicando que o avançado Mbappé, a principal figura da equipa, está bem e concentrado na final.

Lloris: "Messi é um grande jogador, mas queremos escrever a nossa própria história"

O guarda-redes Hugo Lloris também esteve presente na conferência de imprensa e garantiu que a equipa quer escrever a sua história.

“Messi é um grande jogador, todos sabemos o que representa para a história deste desporto, mas num França-Argentina existem mais jogadores e nós queremos escrever a nossa própria história”, defendeu.

O capitão da seleção francesa, que representa os ingleses do Tottenham, espera um adversários “organizado, forte fisicamente e agressivo sobre a bola”.

A França e a Argentina disputam no domingo, pelas 18h00 locais (15h00 em Lisboa), no Estádio de Lusail, a final do Campeonato do Mundo de futebol, que se disputa no Qatar, num jogo que será dirigido pelo polaco Szymon Marciniak.