O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou esta segunda-feira a instituições e cidadãos em todo o mundo para que apaguem as luzes em 21 de dezembro, como gesto de solidariedade para com a Ucrânia, que combate a invasão russa.
A campanha, batizada como #LightUpUkraine, apela ao desligar das luzes em apoio à Ucrânia, afetada por apagões causados por ataques russos contra as suas infraestruturas de energia.
A iniciativa está prevista para as 20h00 na Ucrânia (18h00 em Portugal continental) de quarta-feira.
Em plena época natalícia, espera-se que monumentos de todo o mundo, como o Rockefeller Center em Nova Iorque, a Trafalgar Square de Londres ou a Câmara Municipal de Paris se juntem à iniciativa, segundo um comunicado divulgado pelo governo ucraniano citado pela agência Efe.
Esta campanha também pretende arrecadar pelo menos dez milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) para financiar a compra de mil geradores elétricos, para permitir o funcionamento dos hospitais ucranianos.
Num apelo à solidariedade, Zelensky sublinhou que quando os apagões mergulham as pessoas na escuridão durante horas, isso significa que o inimigo não quer apenas tirar a luz, mas "tudo o que faz parte da vida" dos cidadãos.
"É assim que vivemos agora na Ucrânia, defendendo-nos de um inimigo que veio para nos destruir", salientou.
"Precisamos do seu apoio. Porto todos os médicos forçados a operar no escuro. Por todos os pais e mães que fazem o possível para dar às suas famílias o que precisam, mesmo no escuro. Por todos os ucranianos que acreditam na liberdade, apesar da escuridão", frisou Zelensky.
A cidade de Kiev e dez regiões da Ucrânia foram hoje afetadas por cortes no fornecimento de eletricidade, após nova vaga de ataques com "drones" pelas forças russas, adiantou o operador ucraniano Ukrenergo.
Nos últimos meses, Moscovo tem atacado infraestruturas de energia, deixando milhões de ucranianos sem fornecimento elétrico, uma situação que causa maiores preocupações com o inverno.