Os bebés recém-nascidos no Hospital de São Francisco Xavier correm perigo de vida.
A denúncia é feita à Renascença pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), na sequência de queixas relacionadas com falhas em equipamentos essenciais de suporte de vida, como incubadoras e máquinas de oxigénio.
Luís Mós, dirigente do Sindepor e especialista em saúde materno-infantil dá conta de “numerosas falhas com incubadoras”.
O caso mais recente ocorreu no último fim de semana, “em que houve a necessidade de transferir um recém-nascido para a Neonatologia porque estava em convulsões e não houve possibilidade de fornecer-lhe oxigénio. E esse recém-nascido teve de ser transferido de berço, o que, portanto, põe em risco o recém-nascido e põe em risco também a carteira profissional dos enfermeiros”.
Luís Mós fala de uma situação “impensável”, ainda por cima tendo em conta a necessidade de garantir capacidade de resposta, por causa do encerramento temporário de vários serviços no Hospital de Santa Maria.
O Sindepor acrescenta que a restruturação dos serviços de saúde materno-infantil naquela unidade de Lisboa também acabou por alterar os rácios de profissionais por recém-nascido.
No cenário ideal, deverá haver “um enfermeiro para cada seis puérperas e seis recém-nascidos”.
“O que acontece é que ali são distribuídas 10 puérperas e 10 recém-nascidos para cada enfermeiro, o que põe em causa a segurança dos cuidados de excelência a essas pessoas”.
O SINDEPOR já expôs esta situação à direção de enfermagem do Hospital São Francisco Xavier e, também, à administração daquela unidade. Mas, até agora, ainda não obteve resposta.