A artista plástica Lourdes Castro é a vencedora da 11ª edição do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, atribuído pela Igreja Católica.
O júri destaca, em comunicado, a “longa e representativa carreira” de Lourdes Castro, que a partir da década de 60 alcançou uma “progressiva notoriedade em Portugal e no estrangeiro”.
A artista plástica, nascida em 1930, no Funchal, é “reconhecida como figura cimeira” pelos seus pares, estudiosos e críticos e está associada a uma das “das mais decisivas manifestações da internacionalização da arte portuguesa” dos anos 60: o projecto KWY.
Lourdes Castro construiu um “percurso coeso e dinâmico, que não se deixa
aprisionar em códigos de género” e os seus trabalhos são “marcados por um certo tipo de elogio do vivo e de louvor do dom da vida, que nos propõe comungar numa manifestação
simples e rigorosa da alegria”, destaca o júri do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes.
“Como evidenciam várias das suas mais significativas criações e imperecíveis experiências de irradiação espiritual na recepção da sua obra, o louvor do dom da vida na própria actualização da autonomia dos valores estéticos tem passado, na obra de Lourdes de Castro, por uma poética da espiritualidade cristã”, sublinha.
A cerimónia de entrega do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes, no valor de 2.500 euros, está marcada para 29 de Maio, na Casa Domus Carmeli, em Fátima, durante a 11.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura.
O galardão, instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura em parceria com a Renascença, distinguiu nas edições anteriores o poeta Fernando Echevarria, o cientista Luís Archer, S.J., o cineasta Manoel de Oliveira, a professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira, o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura realizado pela Diocese de Beja, o compositor Eurico Carrapatoso, o arquitecto Nuno Teotónio Pereira, o pedagogo Roberto Carneiro e o jornalista Francisco Sarsfield Cabral.