A seguradora Liberty vai premiar os seus funcionários que optem por continuar a trabalhar em casa com mais 660 euros por ano.
A multinacional quer assumir-se como uma organização totalmente digital e o próximo passo é incentivar os funcionários a adotarem o teletrabalho. A partir desta quinta-feira os dois mil trabalhadores na Europa terão de escolher, de forma permanente, "o lugar onde querem trabalhar".
Quem aceitar o trabalho remoto, fica a receber "55 euros mensais adicionais para cobrir despesas relacionadas com a atividade e mantem outros benefícios como o subsídio de alimentação", são "660 euros brutos, por ano, para cobrir despesas".
Em comunicado, a empresa explica ainda que "dará aos colaboradores a opção de passar até dois dias por semana no escritório, assim que a pandemia passar, para realizar atividades específicas ou reuniões presenciais."
Estão abrangidos por esta oferta os funcionários da seguradora em Portugal, Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte, que terão indicado querer continuar em teletrabalho. “É uma resposta aos desejos dos colaboradores. Através de um inquérito para avaliar a experiência de trabalho, constatámos que 93% dos colaboradores afirmam não querer voltar ao modelo de trabalho em vigor antes da pandemia.”
“Queremos antecipar o futuro pondo as pessoas em primeiro lugar, aumentado a eficiência e atendendo às expetativas de flexibilidade dos melhores talentos do mercado. Assim, quem trabalha na Liberty pode viver onde preferir”, diz Juan Míguel Estallo, CEO da Liberty.
A iniciativa tem como lema “Liberty, Best Place to Be” e, segundo o responsável, “esta é uma decisão em linha com a nossa identidade e valores e que tem em conta as necessidades de conciliação da vida pessoal e profissional dos nossos colaboradores. Além disso, é mais um passo no modelo de negócio na cloud, no qual já estamos a trabalhar e que estará totalmente operacional em 2024”.
Neste novo modelo de trabalho, a empresa quer "integrar benefícios como a flexibilidade de horários, a mobilidade geográfica e atenuar os aspetos mais sensíveis”, refere Beatriz Ortega, responsável pela área de Employee Experience da Liberty. Os trabalhadores só estão obrigados a indicar uma morada e não podem trabalhar a partir de espaços públicos.
“Há anos que apostamos em programas de bem-estar que garantam o conforto e a segurança no espaço de trabalho. Neste último ano, estivemos focados em garantir a desconexão digital, o bem-estar físico e emocional dos nossos colaboradores, assim como a adaptação ao posto de trabalho na casa de cada colaborador”, diz Ortega.
A Liberty Seguros está em Portugal desde 2003, altura em que adquiriu a antiga Europeia ao grupo Suíço Credit Suisse. A seguradora "conta atualmente com 533 colaboradores, distribuídos entre a sede, em Lisboa, o Polo Técnico no Porto, as principais cidades existentes em todo o território nacional e ilhas".