A Associação das Vítimas dos Incêndios de Outubro não exclui a hipótese de vir a processar a EDP e o Estado português.
Luís Lagos, presidente da associação, garante atenção total ao relatório da Comissão Técnica Independente (CTI), e em particular à possibilidade de um dos maiores fogos de 2017, na Lousã, poder ter resultado do não cumprimento do regulamento de segurança das linhas elétricas.
“Nós admitimos todos os cenários, nunca excluímos nada. Até admitimos processar o Estado, porque, em última análise, a responsabilidade que aqui existe é do Estado, também. Agora, essa é uma decisão a tomar em sede de direção e ouvindo os sócios da associação”, afirma Luís Lagos em declarações à Renascença.
O presidente da associação de vítimas diz que há entidades em Portugal “com competência para investigar”.
“O que nós queremos, lesados e vítimas, é que a culpa não morra solteira e que se apurem todas as responsabilidades”, sublinha.
O presidente da Comissão Técnica Independente, João Guerreiro, considera que havia capacidade para antecipar incêndios de outubro, "mas isso não foi feito".
A Comissão Técnica Independente (CTI) concluiu que falhou a capacidade de "previsão e de programação" para "minimizar a extensão do incêndio" na região centro, que fez 48 mortos.
[título atualizado às 17h40]