O Conselho de Segurança Nacional de Israel elevou esta quinta-feira os avisos de viagem para a maioria dos países europeus, especialmente os situados no extremo ocidental do continente, que foram colocados no nível de ameaça dois.
Com esta medida, as autoridades israelitas apelam aos seus cidadãos para que "tenham um cuidado extra" quando viajarem para países como Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Itália, entre outros. Na Bósnia-Herzegovina e na Albânia, o nível de alerta é mais elevado.
Países da América do Sul, como Brasil, Argentina, Chile, Venezuela e Bolívia, e países como a China e a Rússia, bem como a parte sul da Índia, enquadram-se igualmente no nível dois de ameaça, de acordo com a mesma fonte.
As autoridades israelitas classificaram a maior parte dos países do Norte de África e do Sahel, do Médio Oriente e da região do Golfo Pérsico no nível três de alerta, pedindo aos israelitas para "reconsiderar as viagens não essenciais".
Em contrapartida, o Conselho de Segurança de Israel considera que os países da América do Norte e Central, os países continentais do Sudeste Asiático, a Mongólia, a Coreia do Norte, a Coreia do Sul e o Japão, entre outros, são destinos seguros.
Outros países europeus, como a Noruega, a Finlândia, os países bálticos, a Polónia, a Bielorrússia e grande parte dos Balcãs também estão abrangidos pelo nível um de alerta.
As autoridades israelitas reconheceram que, desde o início das operações na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas, houve um aumento dos esforços do Irão e dos seus aliados contra alvos israelitas e judaicos em todo o mundo.
"Verifica-se um aumento constante e significativo do incitamento, das tentativas de ataque e das manifestações de antissemitismo em muitos países", declarou ainda o Conselho de Segurança israelita.
A guerra em curso no Médio Oriente começou em 07 de outubro, após um ataque do braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, que incluiu o lançamento de milhares de 'rockets' para Israel e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes que mataram mais de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram outras 240 em aldeias israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Em retaliação, as Forças de Defesa de Israel dirigiram uma implacável ofensiva por ar, terra e mar àquele enclave palestiniano, que enfrenta uma grave crise humanitária perante o colapso de hospitais e a ausência de abrigos, água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
As autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo movimento islamita palestiniano Hamas desde 2007, aumentaram hoje o número de mortos na ofensiva israelita para quase 15.900, enquanto mais de 250 palestinianos morreram às mãos das forças de Telavive ou em ataques levados a cabo por colonos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde 07 de outubro.
As partes cessaram as hostilidades durante uma semana no âmbito de uma trégua mediada por Qatar, Egito e Estados Unidos, mas os confrontos regressaram na sexta-feira passada após falta de entendimento para prorrogar o acordo.
A campanha militar israelita tem suscitado várias críticas a nível internacional, devido ao elevado número de vítimas civis.