O primeiro-ministro destacou o contributo de militares portugueses, integrados em missões na República Centro-Africana, no combate às causas da chegada de refugiados à Europa e ao terrorismo internacional.
António Costa chegou a Bangui, a capital da República Centro-Africana, para visitar os 160 militares (dos quais 90 do regimento de Comandos) que participam na Missão Integrada Multinacional de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) e os 11 militares que estão na missão da União Europeia (UE).
A deslocação aos campos e os contactos com as autoridades nacionais e os responsáveis das duas missões são "muito importantes" para que o Governo português possa "estar confiante em que esta é uma missão que as Forças Armadas estão em boas condições para desempenhar, num contexto que é difícil, de risco elevado e é uma responsabilidade muito pesada", sublinhou o primeiro-ministro.
A visita, acrescentou, pretende "transmitir uma mensagem de apreço e de confiança que o Governo e os portugueses têm nas suas Forças Armadas, em particular no regimento de Comandos", e mostrar "a importância desta missão para suportar as opções estratégicas da política externa do Estado português".
A missão portuguesa na República Centro-Africana tem, segundo o chefe do Governo, um "particular duplo significado".
"Todos nós vemos diariamente na Europa o drama que é a busca de refugiados vindos do continente africano à procura de protecção. A melhor forma de proteger as pessoas é assegurar que nos territórios de origem há paz, há um Estado democrático e há desenvolvimento, que diminui na raiz aquilo que são as causas profundas da busca de protecção", referiu.
Por outro lado, Portugal integra a MINUSCA em resposta ao apelo de França, após os atentados terroristas em Paris em Novembro de 2015, para que os militares franceses na República Centro-Africana fossem enviados para o "combate directo ao grupo extremista Estado Islâmico".
"Estamos aqui, portanto, também numa missão de solidariedade de apoio ao combate ao terrorismo internacional", referiu.
"Ajudar a estabilidade do continente africano, para combater nas causas aquilo que está na origem da vaga de refugiados, ajudar a combater o terrorismo internacional, servir as organizações multilaterais de que fazemos parte, como as Nações Unidas e a União Europeia, é uma missão que nos honra e que, graças ao profissionalismo e à enorme capacidade das nossas Forças Armadas, Portugal tem condições de desempenhar", sublinhou.