Venezuela. Lei para a Defesa do Estado de Essequiba aprovada
07-12-2023 - 10:32
 • Renascença

O território há muito disputado e rico em minerais, petróleo e gás está agora em alerta e em risco de ser anexado pela Venezuela.

Foi aprovada a Lei para a Defesa do Estado da Guiana Essequiba, na Venezuela. O território é rico em petróleo e há muito disputado.

A aprovação desta lei pela Assembleia Nacional da Venezuela teve cartáter de urgência. Em causa, está um novo mapa do país, que inclui a Guiana Essequiba, assim como a realização de eleições para a nomeação das autoridades locais, inclusive representantes do próprio parlamento venezuelano.

Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela, já ordenou a concessão de licenças às empresas estatais do setor dos combustíveis para iniciarem a extração e exploração de minerais, petróleo e gás.

De acordo com a CNN, uma das perguntas do referendo era: "concorda com a criação de um novo Estado na região de Essequibo, fornecendo à sua população a cidadania venezuelana e 'incorporando esse estado ao mapa do território venezuelano?'". Mais de 95% dos eleitores responderam "sim", aprovando o referendo.

O Presidente do país, Irfaan Ali, disse que já conversou com António Guterres, secretário-geral da ONU, e pediu que o Conselho de Segurança considere intervir.

A disputa territorial entre os dois países já é antiga. O território é conhecido por ter a sua soberania disputada pela Venezuela e Guiana desde 1841.

A descoberta de vastos campos de petróleo em 2015 levou ao aumento da intensidade da disputa pelo território. Segundo a CNN, este local está perto de se tornar no maior produtor de petróleo per capita do mundo.

O país com 160 mil quilómetros quadrados, que é em grande parte uma selva densa, tem apenas 125 mil habitantes.

Nos últimos dias, de acordo com a Globo, o Brasil reforçou o efetivo militar, com veículos blindados, na fronteira que tem com a Venezuela, no extremo norte do país, após ameaças de Nicolás Maduro, de invadir e anexar parte do território da Guiana, país vizinho de ambos.

Segundo os altos comandos militares brasileiros, é pouco provável que Maduro, em campanha para as presidenciais venezuelanas, desencadeie uma guerra, mas, mesmo assim, decidiram tomar algumas precauções.