O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje estar numa posição "mais forte" para um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, após os democratas terem mantido o controlo da câmara alta do parlamento norte-americano.
"Sinto-me bem e estou ansioso pelos próximos dois anos", disse Biden na capital do Camboja, Phnom Penh, onde termina hoje a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
"Sei que estou a chegar mais forte", disse aos jornalistas Biden, que se vai encontrar com Xi na segunda-feira, na ilha indonésia de Bali, à margem da cimeira do grupo das 20 economias mais desenvolvidas (G20).
"Conheço Xi Jinping, ele conhece-me", acrescentou Biden, dizendo que sempre tiveram "discussões francas". O atual Presidente norte-americano era vice-presidente em 2012, quando Xi foi escolhido para liderar o Partido Comunista Chinês.
"Temos muito poucos desentendimentos. Só precisamos de determinar quais são as linhas vermelhas", disse Biden.
Os líderes das duas maiores economias mundiais têm falado por telefone em numerosas ocasiões desde que Biden se tornou Presidente, em janeiro de 2021.
Mas a pandemia de covid-19 e a aversão de Xi às viagens ao estrangeiro impediram os dois líderes de se encontrarem pessoalmente.
O Partido Democrata vai manter o controlo da Câmara dos Representantes, após Catherine Cortez Masto ter conquistado a última vaga no Senado em representação do estado do Nevada.
As eleições intercalares de terça-feira foram uma lição para os republicanos, que agora devem decidir "quem são", disse Joe Biden, referindo-se à influência do ex-presidente Donald Trump, que continua a alegar que houve fraude eleitoral em 2020, sem quaisquer provas.
Segundo projeções da agência Associated Press (AP), Cortez Masto conseguiu o número de votos suficiente para garantir a vitória sobre o candidato republicano Adam Laxalt, apoiado por Trump.
Com a vitória de Cortez Masto confirmada, os democratas conseguem 50 assentos no Senado, mais um que os republicanos, num total de 100 assentos em disputa.
Mesmo que os republicanos vençam o último lugar 'disponível', que está a ser disputado no estado de Geórgia, só conseguirão um empate a 50 lugares no Senado. Nessa situação, algo que acontece atualmente na câmara alta do Congresso, a vice-Presidente Kamala Harris (democrata) fica com o voto de desempate.
Com o controlo do Senado, os democratas garantem um processo mais suave para as nomeações do executivo e escolhas de juízes, incluindo aqueles para possíveis lugares no Supremo Tribunal, nos dois últimos anos do mandato do Presidente Joe Biden.
O Senado poderá ainda rejeitar qualquer legislação aprovada pela câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, onde os republicanos ainda podem conquistar a maioria.