Uma bomba foi recolhida esta segunda-feira ao largo da Nazaré por um arrastão de pesca. O engenho, que deverá ser da altura da II Guerra Mundial, foi detonado às 16h30 no mar, em segurança.
"A bomba foi detonada às 16h30, em segurança, e meia hora depois foram feitos dois mergulhos de verificação, tendo sido confirmada a sua completa destruição”, disse o comandante do Porto da Nazaré, Paulo Agostinho.
De acordo com o responsável, às 17h30 já não havia “embarcações nem homens no mar”. Prevê-se que até às 18h00 “esteja recolhido todo o material usado na operação e os mergulhadores possam regressar a Lisboa”.
Em declarações à Renascença, o porta-voz da Marinha, o comandante Pedro Coelho Dias, confirmou que depois da operação de detonação foram feitos mergulhos “para confirmar se o engenho foi totalmente destruído”.
O comandante Pedro Coelho Dias reconhece que é possível saber onde estão navios naufragados no mar português, mas é mais difícil saber onde estão bombas.
“Os navios afundados, sabemos. As bombas, pela sua dimensão, não esse registo. As cartas náuticas têm os destroços bem assinalados. É bem visível até numa carta náutica do almirantado inglês, por exemplo, no Canal da Mancha, onde se pode ver inúmeros destroços assinalados, como acontece também em Portugal agora e os pescadores sabem disso, conhecem as cartas náuticas e evitam pescar nessas zonas. Agora, a localização das bombas, é como procurar uma agulha num palheiro.”
O engenho, que tinha entre 1,50 e 1,60 metros de comprimento, foi identificado como sendo uma bomba de aeronave do tipo MK82 que teria no seu interior mais de 200 quilos de H6, um tipo de explosivo equivalente a 600 quilos de TNT [trinitrotolueno].
A bomba foi afundada a 20 metros de profundidade.
[Notícia actualizada às 19h47]