A Urgência Ginecológica/Obstétrica do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) está fechada até segunda-feira por falta de médicos, anunciou a unidade de saúde, que pede às utentes para, em situações urgentes, se dirigirem às maternidades de Coimbra.
"Informa-se que a Urgência Ginecológica/Obstétrica encontra-se encerrada entre as 9h00 de quinta-feira, dia 2 de novembro, até às 9h00 de segunda-feira, dia 6 de novembro, devido à falta de recursos humanos médicos", lê-se numa publicação do CHL na sua página na rede social Facebook.
Na mesma publicação, o CHL recomendou a todas a grávidas ou utentes com problemas urgentes do foro ginecológico que contactem a Linha SNS 24 (808242424), que "poderá dar todo o apoio especializado e encaminhamento para a unidade de saúde mais apropriada".
"Em situações urgentes, as utentes poderão dirigir-se à Maternidade Dr. Bissaya Barreto ou à Maternidade Dr. Daniel de Matos", ambas em Coimbra, adiantou o CHL.
O CHL explicou que, "apesar dos constrangimentos anunciados e da necessidade de adaptar a sua capacidade de resposta na Urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos entre os dias 2 e 6 de novembro, continua a estar garantida toda a atividade assistencial e programada, pelo que o acompanhamento e os cuidados prestados às grávidas e utentes na área da Ginecologia, no âmbito da consulta externa, não serão afetados por esta contingência, estando assegurada a capacidade de resposta nestas áreas".
"Os constrangimentos em causa afetarão unicamente o funcionamento da Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e do Bloco de Partos", precisou o CHL.
Ainda na mesma rede social, o CHL divulgou que a Urgência Pediátrica "encontra-se encerrada entre as 9:00 de domingo, dia 5 de novembro, até às 9:00 de segunda-feira, dia 6 de novembro, devido à falta de recursos humanos médicos".
Além de voltar a aconselhar o contacto com a Linha SNS 24, o CHL acrescentou que, em situações urgentes, as pessoas podem dirigir-se ao Hospital Pediátrico de Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, a porta-voz do movimento "Médicos em Luta", Susana Costa, disse que a lista de escalas é praticamente atualizada todos os dias e que as informações sobre o impacto nos hospitais são facultadas pelos médicos.
A lista disponível online está discriminada pelo nome das unidades hospitalares e das especialidades que estão mais afetadas.
Segundo os dados dos "Médicos em Luta", Garcia de Orta (Almada), Amadora-Sintra, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Coimbra, Leiria, Covilhã, Évora, Famalicão e Santo Tirso, Faro, Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Guimarães, Guarda, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Santa Maria (Lisboa), São Francisco Xavier (Lisboa), Beatriz Ângelo - Loures, Matosinhos, Penafiel, Portalegre e Elvas, Portimão, São João (Porto), Santo António (Porto), Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Ponte de Lima, Vila Franca de Xira, Vila Real-Chaves-Lamego e Viseu vão ser os mais afetados.