Já depois da publicação do presidente do PS, Carlos César, na rede social Facebook, surge a nota de pesar oficial do partido pela morte de Adriano Moreira, falecido este domingo aos cem anos.
Em comunicado enviado à Renascença, os socialistas destacam a "dedicação ao pensamento crítico e académico e à intervenção política e cívica" do ex-líder do CDS e antigo conselheiro de Estado, indicado pelo CDS.
A posição institucional do PS ignora quase por completo o percurso político de Adriano Moreira como ministro do Ultramar de Oliveira Salazar, entre 1961 e 1963, ou depois como líder do Centro Democrático e Social (CDS) em meados dos anos 1980.
A nota dos socialistas destaca o académico "nascido em Grijó (Macedo de Cavaleiros), em 1922, que se formou "em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1944. Viria a destacar-se como advogado, governante, deputado e professor universitário de Relações Internacionais e de Ciência Política".
O PS refere que Adriano Moreira deixa "o testemunho da sua inteligência materializado nas várias obras que publicou e no seu percurso académico, estreitamente ligado ao atual Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), que dirigiu e ajudou a reformar".
No final da nota de pesar são recordadas "as distinções que recebeu (Doutor Honoris Causa por várias universidades e membro de várias Academias de Letras, Ciências, História e Cultura), tal como as condecorações que lhe foram atribuídas".
Em particular é referida a Grã-Cruz da Ordem de Camões de Portugal, atribuída em 2022, que "seria a última de uma longa lista", e que ao lado de todas as outras condecorações "evidenciam a marca de lucidez e determinação que deixa em Portugal".