O Papa Francisco divulgou esta segunda-feira, através do porta-voz do Vaticano Gregg Burke, uma mensagem de solidariedade com os pais de Charlie Gard, o bebé de 11 meses que tem estado no centro de uma batalha legal que captou as atenções do mundo.
Charlie sofre de uma doença muito rara e degenerativa que afecta o seu cérebro e os seus músculos. Não consegue respirar sozinho e está ligado a suporte de vida artificial. O hospital decidiu há vários meses que seria no seu interesse desligar o suporte e administrar apenas cuidados paliativos. Mas os seus pais não concordaram e queriam levar o bebé para os Estados Unidos para fazer um tratamento experimental.
No Reino Unido, quando há diferença de opinião insanável entre médicos e os pais de um doente menor são os tribunais que decidem e deram razão ao hospital, mas a campanha dos pais cativou a atenção primeiro do Reino Unido e depois do mundo, gerando muito apoio.
Donald Trump postou um tweet em que se mostrou disponível para ajudar e o Papa Francisco pediu que fosse respeitada a vontade dos pais.
Nas últimas semanas surgiram novas esperanças para Charlie e o especialista americano viajou para Inglaterra para falar com os tribunais mas esta segunda-feira os pais concluíram que com base na informação das últimas análises, a condição do Charlie já se tinha agravado a tal ponto que os tratamentos não poderiam melhorar a sua qualidade de vida e anunciaram que iriam “deixá-lo partir”.
Perante esta notícia o Papa voltou a publicar uma mensagem, desta vez dirigida directamente aos pais de Charlie. O porta-voz do Vaticano, Gregg Burke divulgou estas breves linhas: “O Papa Francisco está a rezar pelo Charlie e pelos seus pais e sente-se particularmente próximo deles nesta altura de enorme sofrimento.”
“O Santo Padre pede que nos juntemos em oração para que eles encontrem a consolação e o amor de Deus”, diz a nota.