A organização do Campeonato do Mundo de voleibol de 2022, previsto para agosto e setembro, foi retirada à Rússia, devido à guerra na Ucrânia, anunciou, esta terça-feira, Federação Internacional da modalidade (FIVB).
“Desde a invasão militar da Ucrânia pela Rússia, a FIVB está muito preocupada com o agravamento da situação e com a segurança dos ucranianos”, refere o organismo em comunicado.
A FIVB acrescenta ainda que, na reunião do seu conselho de administração, concluiu que “seria impossível preparar e organizar o Mundial 2022 na Rússia, por causa da guerra na Ucrânia”.
A posição da FIVB, que anunciará em breve o novo país anfitrião, surge após a França, campeã olímpica, e a Polónia, bicampeã mundial, terem anunciado no fim de semana a intenção de boicotar o evento se este fosse realizado na Rússia.
Esta decisão constituiu um novo duro golpe desportivo para os russos — vice-campeões olímpicos de voleibol em Tóquio 2020 — que recentemente foram excluídos do "play-off" para o Mundial de futebol do Qatar, no final do ano.
O Comité Olímpico Internacional (COI), normalmente neutro no que toca a política, recomendou na segunda-feira a proibição de russos e bielorrussos em competições desportivas, bem como na organização de eventos das modalidades.
Esta recomendação, bem com a rescisão de acordos de patrocínios, foi já seguida por modalidades como o esqui, biatlo, hóquei no gelo, Fórmula 1, râguebi, boxe, natação e badminton, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira.