A moeda e os selos comemorativos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ2023) foram apresentados esta quarta-feira, em Lisboa.
Uma cruz rodeada de jovens, todos envolvidos por duas mãos, é a imagem na moeda comemorativa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza entre 1 e 6 de agosto.
Tem um valor facial de 2 euros e foi apresentada esta quarta-feira. O escultor João Duarte explicou à Renascença a simbologia utilizada.
“Optei pela cruz porque é um símbolo mais abrangente e a minha moeda tem a ver com a multietnicidade dos povos e tem haver com a paz no mundo, tem haver com a união das pessoas todas, não só católicos, mas também de outras religiões que eu acho que é muito importante. Por isso é que a minha moeda tem uma parte lisa que é dourada e depois tem uma parte texturada que simbolizam os vários povos”, sublinha.
O escultor João Duarte diz, ainda, que o Papa Francisco está representado através das duas mãos.
“Uma mão mais brilhante e outra mão menos brilhante, mais escura, com textura, para simbolizar a comunhão. Comungar com todos os jovens e com todas as pessoas, para que haja paz no mundo e haja de certa maneira um equilíbrio a nível pessoal, com as pessoas a colaborarem umas com as outras, vários países, várias religiões, que é no fundo o que ele pretende”, indica.
Esta moeda comemorativa tem três acabamentos diferentes. Foram emitidos 7.500 exemplares BNC (brilhante não circulada), que podem ser adquiridos por 18 euros; há 7.500 moedas proof (prova numismática) disponíveis por 10 euros e um milhão de exemplares correntes, com o valor de 2 euros.
A moeda comemorativa da JMJ apresenta:
• O globo terrestre;
• Uma multidão de pessoas, jovens, de diferentes etnias ocupando toda a sua superfície;
• A cruz peregrina, construída em 1983 e confiada pelo Papa João Paulo II aos jovens, para que a levassem a todo o mundo;
• Duas mãos acolhendo o conjunto.
Qualquer uma das moedas pode ser adquirida nas cinco lojas físicas da Casa da Moeda ou no site, até que se esgote o stock.
Também os CTT apresentaram esta quarta-feira o selo comemorativo do evento, numa cerimónia que contou com a presença do bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar; da presidente do conselho de administração da Imprensa Nacional da Casa da Moeda, Dora Maria Brites Moita; e do CEO dos CTT, João Bento.
Os CTT consideram que a JMJ “teria obrigatoriamente de fazer parte do plano filatélico nacional”.
“Os CTT emitem selos desde 1853 e a colaboração com a Igreja Católica sempre foi uma constante ao longo dos anos. Todas as visitas papais foram ilustradas com emissões de selos, todos os momentos marcantes da vida e da história da nossa Igreja e dos nossos santos foram sublinhados da mesma forma.” afirmou ainda a empresa de correios.
A Jornada Mundial da Juventude conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada jornada, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem.