Os trabalhadores do grupo Transtejo, responsável pelas ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa, decidiram manter a greve parcial de dois dias, a 26 e 27 de Abril.
"Reunimos com a administração da empresa e recebemos a informação que a proposta de revisão do Acordo de Empresa veio recusada do Ministério da Finanças. A revisão não foi totalmente recusada, apenas alguns pontos, entre eles a questão salarial", disse à agência Lusa Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marinha Mercante, afecto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Segundo o sindicalista, a proposta de revisão do Acordo de Empresa não traz nenhum aumento salarial.
"A revisão não tem aumentos salariais, apenas muda o espelho de apresentação dos valores. Ficámos surpreendidos com esta decisão e nós não pretendemos estar agora a renegociar um acordo que nem entrou em vigo sequer", explicou.
A administração do grupo Transtejo reuniu na quinta-feira com as organizações sindicais representativas dos trabalhadores no Cais do Sodré, em Lisboa.
"Tínhamos a expectativa que tivesse sido algo favorável que vinha desta reunião e que fosse possível cancelar as greves, mas não veio nada de positivo. As greves previstas para as duas empresas do grupo, a Transtejo e a Soflusa, vão manter-se", defendeu.
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afecta à CGTP, agendou duas greves parciais para 26 e 27 de Abril, de três horas por turno na Transtejo e de duas horas por turno na Soflusa, que vão afectar as ligações fluviais, em especial, nas horas de ponta.
A Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa, enquanto a Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e Lisboa.