NASA revela amostra de asteroide com vestígios de água e carbono
11-10-2023 - 22:32
 • Renascença

Os dados foram recolhidos através de uma missão da NASA, que regressou à Terra no passado dia 24 de setembro. Os vestígios estão a ser analisados no laboratório do Texas.

Uma amostra recolhida pela NASA do asteroide Bennu possui vestígios de água e de carbono. As existências destes elementos na rocha de 4,5 mil milhões de anos podem indicar que os componentes básicos para a vida na Terra estarão presentes no asteroide.

Os dados foram recolhidos através de uma missão da NASA, que regressou à Terra no passado dia 24 de setembro. Os vestígios estão a ser analisados num laboratório do Texas.

Esta descoberta fez parte de uma avaliação preliminar da equipa científica OSIRIS-REx (Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification and Security – Regolith Explorer) da NASA.

“A amostra OSIRIS-REx é a maior amostra de asteroide rica em carbono já entregue à Terra e ajudará os cientistas a investigar as origens da vida no nosso planeta nas próximas gerações”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson.

De acordo com a NASA, asteroides semelhantes ao Bennu podem estar diretamente ligados ao fornecimento de componentes importantes para a formação do planeta Terra há cerca de 4,5 mil milhões de anos.

Segundo a agência espacial norte americana, “a abundância de material rico em carbono e a presença abundante de minerais argilosos contendo água são apenas a ponta do iceberg cósmico”.

"Missões da NASA como a OSIRIS-REx vão melhorar a nossa compreensão dos asteroides que podem ameaçar a Terra, ao mesmo tempo que nos dão uma ideia do que está mais além. Esta amostra já chegou à Terra, mas ainda há muita ciência por vir – ciência como nunca vimos antes”, diz Bill Nelson no comunicado divulgado pela NASA esta quarta-feira.

Para além do material obtido no interior da cápsula, os investigadores verificaram que também havia material de asteroide na parte externa do equipamento de colheita.

A elevada quantidade de pó espacial recolhido fez com que a NASA decidisse preservar, pelo menos 70% da amostra, para futuras pesquisas de cientistas de todo o mundo, incluindo gerações futuras de cientistas.