É um fenómeno a nível global, muitas das fraudes e burlas online aproveitaram-se precisamente do confinamento, do teletrabalho e do comércio digital para proliferarem.
Em Portugal, só até ao início de dezembro as burlas informáticas e nas comunicações cresceram cerca de 20%, face a todo o ano de 2019. O maior aumento, de acordo com a PSP, ocorreu no âmbito da utilização da aplicação móvel MBWay. "A utilização desta tecnologia tem sido massificada", adianta subintendente Lourenço Pimentel.
Segundo dados da polícia, este tipo de burlas aumentou seis vezes desde o início do ano: passaram de menos de 500 no ano passado para mais de 3.200 este ano, num valor superior a 3 milhões de euros.
A Renascença visitou o Departamento de Investigação Criminal da PSP, em Queluz, onde agentes do Laboratório de Criminalística e Ciência Forense desvendam os bastidores destas fraudes.
"As pessoas quando são burladas têm alguma vergonha de dizer que o foram, mas não devem ter. Sempre que a participação é feita, a PSP tem capacidade de investigar e tem o seu laboratório de ciência forense, que consegue apoiar essa mesa investigação", assegura Lourenço Pimentel.
O subintendente da PSP alerta todos os portugueses para estarem atentos a alguns sinais, que podem ser suficientes para desmascarar uma burla:
- Ofertas sem identificação clara do remetente
- Gralhas ou erros ortográficos em emails ou sms enviados com assinatura de uma suposta entidade credível
- Indicação de um link que não corresponde à página oficial da empresa identificada