A TAP anunciou que vai “reduzir temporariamente a sua operação”, passando a voar apenas para 15 destinos, em vez dos 90 habituais.
A medida entra em vigor a partir de 23 de março de 2020 e vigora até 19 de abril de 2020.
Numa comunicação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea portuguesa diz que esta decisão “pode ser revista a qualquer momento, sempre que as circunstâncias assim o exijam”.
A companhia explica que a sua decisão surge em resultado das restrições impostas pelos vários Estados das geografias em que a companhia opera, “que têm vindo a ser configuradas como a principal medida de contenção da disseminação global da pandemia Covid-19”, a doença provocada pelo novo coronavírus.
“Tais restrições, combinadas com a acentuada queda da procura, têm vindo a gerar sucessivos cancelamentos de voos e suspensões de rotas, resultando numa redução do volume global de tráfego aéreo nas últimas semanas”, esclarece a companhia aérea.
“A TAP assegurará os voos em todas as rotas e em que os mesmos sejam possíveis, de modo a dar resposta à missão de transportar os seus clientes para junto das suas famílias”, acrescenta.
Esta semana, a TAP já tinha anunciado que iria reembolsar, com
a emissão de um 'voucher' com a validade de um ano, os clientes que queiram
cancelar viagens com início até 31 de maio.
Em alternativa, a empresa permite aos clientes “alterar as
suas reservas para viagens com data de início até 31 de maio, remarcando a nova
viagem para qualquer destino e para uma data até 31 de dezembro de 2020”,
informou a empresa na terça-feira.
Ryanair também faz cortes
A companhia aérea Ryanair vai reduzir os voos ao mínimo possível e só deverá ter aviões a levantar voo para manter a conectividade essencial, principalmente entre o Reino Unido e a Irlanda.
A medida vai entrar em vigor às 24h00 de dia 24 de março e deverá deixar praticamente toda a frota da companhia irlandesa em terra.