Cavaco: "Eu estive cinco meses em gestão!"
16-11-2015 - 16:33

Questionado se não considera urgente que tome uma decisão sobre a crise política, o chefe de Estado recomendou que se verifique o que aconteceu em casos anteriores.

O Presidente da República recordou esta segunda-feira que enquanto primeiro-ministro esteve cinco meses em gestão.

"Eu estive cinco meses em gestão! Eu como primeiro-ministro de um Governo estive cinco meses em gestão", afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas, na Ribeira Brava, na Madeira.

Questionado se não considera urgente que tome uma decisão sobre a crise política, o chefe de Estado recomendou que se verifique o que aconteceu em casos anteriores: "Vá ver nos dois casos de crises anteriores que aconteceram – um foi em 1987 e um em 2009 [sic] – quantos dias esteve o Governo em gestão, o que é que fez o Presidente da República de então e quais foram as medidas importantes que esse Governo de gestão teve que tomar".

O chefe de Estado referia-se, além do seu próprio caso, ao Governo PS liderado por José Sócrates, tendo, por lapso, referido 2009 e não 2011.

Antes, em resposta às perguntas insistentes dos jornalistas sobre a crise política aberta depois da aprovação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, o Presidente disse que o que tem feito e continuará a fazer é informar os portugueses sobre cada um dos seus passos.

"O que tenho feito e vou continuar a fazer é, cada passo que dou para resolver a crise, eu informo os portugueses", referiu.

Desta forma, continuou, os portugueses podem ir ao site da Presidência da República, onde está a informação de que o chefe de Estado está a "recolher o máximo de informação junto daqueles que conhecem a realidade social, económica e financeira portuguesa para dar indicações ao poder político qualquer que ele seja quanto às linhas que permita manter uma trajectória de crescimento económico, de criação de emprego e da acesso das empresas, do Estado e dos bancos ao sistema de financiamento".

"Porque sei muito bem, muito bem, o que aconteceu em Portugal quando as orientações adequadas não foram cumpridas", acrescentou.