O Papa Francisco celebrou esta sexta-feira, na Basílica de São Pedro, uma missa de sufrágio por Bento XVI e por todos os cardeais e bispos falecidos no último ano.
Na homilia, o Santo Padre sublinhou o valor da humildade, elogiando a primeira Encíclica do seu antecessor, “Deus caritas est”, ao afirmar que o programa de Jesus é "um coração que vê" e que a fé não é, primariamente, uma ideia nem uma moral, mas “uma Pessoa a encontrar: Jesus Cristo”.
Ao refletir sobre o Evangelho, Francisco recordou que os preferidos de Deus são os humildes, “aqueles que, colocando toda a esperança no Senhor e não em si mesmos, transferiram o centro da sua vida para Deus: contam, não sobre as suas próprias forças, mas sobre o Senhor que cuida deles”.
Neste contexto, Francisco esclareceu em que consiste a humildade cristã: “Aqueles que rejeitam toda a presunção de autossuficiência, reconhecem-se necessitados de Deus e confiam n’Ele, são os humildes. E são estes pobres em espírito que nos revelam a pequenez tão grata ao Senhor, o caminho que conduz ao Céu."
O Papa afirmou que Deus procura pessoas humildes, “que esperam n’Ele, e não em si mesmas nem nos próprios planos”. E ainda, sobre a humildade cristã, acrescentou que “não se trata de uma virtude entre outras, mas da predisposição basilar da vida: crer-se necessitado de Deus e dar- Lhe espaço, depositando n’Ele toda a confiança.”
A partir da humildade de Deus, “que desce até nós e se abaixa, que não Se impõe e deixa espaço”, Francisco recordou que esta advertência é para todos os cristãos, "sobretudo o Papa, os Cardeais, os Bispos, chamados a ser humildes trabalhadores, a servir, não a ser servidos, a pensar menos nos próprios frutos do que nos frutos da vinha do Senhor”.