Mike Johnson sobreviveu esta quarta-feira a uma tentativa de remoção da liderança da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos da América. A moção foi uma retaliação pela aprovação de quatro leis de ajuda à Ucrânia, Taiwan e Israel, conseguida com a ajuda dos congressistas Democratas e contra a ala radical e isolacionista dos Republicanos.
A votação não foi sequer renhida. A moção foi chumbada com 359 votos contra e 43 a favor, graças a um apoio da esmagadora maioria dos Democratas - ao contrário do que aconteceu em outubro, numa votação para remover Kevin McCarthy do mesmo cargo. Agora, apenas 39 membros do Partido Democrata não quiseram bloquear a remoção.
A tentativa de remoção foi iniciada por Marjorie Taylor Greene, que apenas teve o apoio de 11 congressistas Republicanos. "Dada a escolha entre avançar as prioridades Republicanas ou aliar-se com os Democratas para preservar o seu poder pessoal, Mike Johnson escolhe regularmente aliar-se com os Democratas", proclamou Greene ao apresentar a moção na câmara baixa do Congresso dos EUA - momento em que foi audivelmente apupada por muitos dos outros deputados.
Marjorie Taylor Greene passou o início desta semana a negociar várias exigências com Mike Johnson para não pedir a remoção do cargo. Entre os pedidos estava o corte de toda a futura ajuda dos EUA à Ucrânia, cortar o financiamento do Departamento de Justiça, e impor um corte de 1% em todas as leis se não houver um acordo para um orçamento do governo federal norte-americano em setembro.