O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo não vê com bons olhos o seu regresso à "task force" do processo de vacinação contra a Covid-19, rejeitando um "sebastianismo" que não seria saudável para o país.
"Estarei sempre disponível enquanto militar, mas gostaria de ver a nossa sociedade a andar para a frente de outra forma: sem nenhum Sebastião, porque Sebastião é cada um de nós", disse o ex-coordenador da "task force" nesta quarta-feira, numa conferência no Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
O militar defendeu que o país deve dar espaço às instituições nacionais para solidificarem as suas capacidades, "sob o risco de andarmos sempre de processo excecional em processo excecional".
Na segunda-feira, o médico especialista em medicina geral e familiar Rui Nogueira, considerou precipitada a desmantelação da "task foce" e defendeu o regresso de Gouveia e Melo ao programa de vacinação contra a Covid-19.
“Diria mesmo que é preciso voltar a chamar o vice-almirante. Fez-nos muito jeito e está a fazer muita falta”, afirmou à Renascença.