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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta sexta-feira, na habitual conferência de imprensa, que está a ser estudada a possibilidade da toma da vacina da Covid-19 ser obrigatória. No entanto, atirou para a frente uma decisão final, que revelou ainda não ter sido tomada.
A mesma responsável disse que a lei portuguesa permite que, num caso de doença contagiosa, a vacina possa ser obrigatória.
A diretora-geral da Saúde esclarece que, só depois de se perceber qual a eficácia da vacina, ou das diversas vacinas que estarão no mercado, é que essa opção que a legislação nacional dá será ou não accionada.
"Em relação à vacina ser obrigatória ou não, essa decisão não está fechada. A legislação portuguesa permite que em situação de epidemia e em defesa da saúde pública uma vacina possa ser obrigatória, mas creio que esta decisão terá de depender de uma análise profunda da sociedade – não só do setor da saúde -, mas das características da vacina."
A diretora-geral da Saúde considera que, "se a vacina for muitíssimo eficaz e o valor acrescentado para a saúde pública for muito grande, pode ser considerada uma metodologia de obrigatoriedade de vacinação. Se for uma vacina com grau de eficácia menor, pode ser ponderada outra opção".
Na mesma conferência de imprensa, Graça Freitas disse que grupos mais vulneráveis e cuidadores na área da saúde e setor social são as duas prioridades numa futura campanha de vacinação contra a Covid-19.
Portugal regista mais quatro mortes e 219 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde a chegada da pandemia ao país, no início de março, estão confirmados 1.792 óbitos e 55.211 infeções pelo novo coronavírus.
[em atualização]