O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, considerou esta segunda-feira que a inclusão do seu país na NATO "garantiria a segurança" de Kiev, após manter conversações com o chanceler alemão Olaf Scholz.
"Entendemos que uma inclusão na NATO garantiria a nossa segurança e a nossa soberania territorial", declarou Zelenski em conferência de imprensa na capital ucraniana, em referência a um pedido que tem sido repetido pelas autoridades ucranianas por recearem uma alegada invasão militar da Rússia, que o Kremlin tem vindo a desmentir.
"É na Ucrânia que hoje se decide a futura arquitetura da segurança europeia, da qual o nosso país é parte integral", disse Zelenski, que também pediu "garantias legais" que protejam o país.
Volodymyr Zelenski acrescentou ainda que abordou com Scholz a necessidade de "estabelecer garantias específicas" para proteger a Ucrânia.
O chefe de Estado ucraniano classificou como uma "arma geopolítica" o gasoduto Nord Stream II, contestado por Kiev e Washington, destinado a duplicar o envio de gás russo em direção à Alemanha evitando território ucraniano - mas ainda sem o acordo de Berlim e da Comissão Europeia para funcionar.
Por sua vez, o chanceler alemão exortou a Rússia a aceitar as "ofertas de diálogo" destinadas a garantir uma desescalada da crise ucraniana.
"As atividades miliares da Rússia na fronteira ucraniana não são compreensíveis. Não existem motivos razoáveis para semelhante deslocamento de forças militares. E pedimos à Rússia para aceitar as ofertas de diálogo existentes", indicou na conferência de imprensa conjunta, e na véspera da sua deslocação a Moscovo.
As declarações de Volodymyr Zelenski são conhecidas depois do embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko, ter afirma que a Ucrânia pode abandonar a sua intenção de ingressar na NATO para evitar um confronto militar com a Rússia para evitar um confronto militar com a Rússia.
Em declaração à BBC, o embaixador indicou que o seu país seria "flexível" quanto ao seu objetivo de ingressar na Aliança Atlântica, sublinhando que a Ucrânia é um país "responsável", após o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçar entrar num conflito armado.