”No domingo passado, foi celebrado nas dioceses o Dia Mundial da Juventude, com o pensamento dirigido para o encontro de jovens que se realizará no próximo ano em Lisboa”, disse o Papa esta quarta-feira de manhã, aos peregrinos de língua portuguesa.
De olhos postos na JMJ 2023, Francisco afirmou que “a alegria de nos encontrarmos e a vontade de estarmos juntos são sinais fundamentais para o mundo de hoje, dilacerado por confrontos e guerras”, e desejou “que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão e de paz.”
Na sequência das catequeses sobre o discernimento, a desta quarta-feira foi dedicada ao tema da consolação espiritual, que “não é programável a bel-prazer”, mas “uma dádiva do Espírito Santo que permite uma familiaridade com Deus, que parece anular as distâncias“. Neste contexto, Francisco alertou para as “falsas consolações” que imitam as originais, mas não passam de "fogos de palha, sem consistência e levarão a fechar-se em si mesmas, e a não se preocupar com os outros”, afirmou.
O Papa jesuíta sublinhou a necessidade de “fazer discernimento, mesmo quando nos sentimos consolados, pois a falsa consolação pode tornar-se um perigo, se o procurarmos como um fim em si mesmo, de modo obsessivo, e esquecermos o Senhor. Como diria São Bernardo, procuram-se as consolações de Deus, não se procura o Deus das consolações.”, concluiu.
No final da audiência geral, o Papa rezou pelos mortos e feridos, vítimas do terramoto na Indonésia, e falou ainda do Mundial do Qatar.
"Desejo enviar a minha saudação aos jogadores e aos adeptos que seguem, de vários continentes, o campeonato mundial de futebol que decorre no Qatar. Que este importante evento possa ser uma ocasião de encontro e de harmonia entre as nações, favorecendo a fraternidade e a paz entre os povos."