O défice de 2018 vai ser revisto em baixa no primeiro dia da campanha oficial para as legislativas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) já tinha avisado Bruxelas que ia atualizar este ano a base das contas nacionais, de 2011 para 2016, um procedimento que se realiza a cada cinco anos. Também já tinha admitido uma revisão em baixa.
O “Jornal de Negócios” avançou, esta terça-feira, que o défice de 2018 vai descer uma décima, para 0,4%, porque a TAP deixa de contar para o défice.
A empresa sai do perímetro das administrações públicas porque o Estado não controla a gestão, apesar de ter 50% do capital, apenas tem uma “influência significativa”.
À Renascença, o INE não explica se o mesmo critério se aplica a outras entidades, como a Caixa Geral de Depósitos ou o Novo Banco, mas admite que esta revisão pode abranger outras empresas.
Todos os esclarecimentos foram remetidos para o dia 23 de setembro, 15 dias antes das eleições e o primeiro dia da campanha oficial, altura em que serão divulgados vários dados essenciais para as contas públicas, como o défice e a dívida revistos e o saldo orçamental do primeiro semestre.
Apesar do INE ter por hábito confirmar o calendário das publicações apenas com uma semana de antecedência, às vezes dias, tudo indica que desta vez está tudo preparado para que a campanha eleitoral comece com boas notícias.