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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou esta sexta-feira a antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite de ter revelado falta de respeito pelas vítimas e pelos profissionais de saúde quando considerou que a covid-19 foi uma benesse para os governos socialistas.
Pedro Nuno Santos falava no último comício da campanha para as eleições legislativas, já depois de a sua cabeça de lista socialista por Setúbal, Ana Catarina Mendes, também ter condenado as declarações de hoje de Manuela Ferreira Leite, que também considerou que, tal como a covid-19, a inflação foi igualmente uma "benesse" para o executivo de António Costa.
"Dizer que a covid-19 é uma benesse é um desrespeito pelas vítimas e pelos profissionais de saúde. É um desrespeito ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)", declarou o líder socialista.
Neste contexto, Pedro Nuno Santos referiu-se a mulheres que, segundo ele, "lideraram o grande combate" à pandemia.
"Mulheres como Marta Temido, Mariana Vieira da Silva ou Graça Freitas. Mulheres que defenderam o seu povo. Que bem que representaram o seu povo e o Governo português", disse.
A seguir, deixou outra pergunta: "Qual benesse a inflação?" Pedro Nuno Santos apontou que "aumentaram as taxas de juro, o que prejudicou muitas famílias" portuguesas, "e foi um período muito difícil em que os portugueses contaram com o Governo ao seu lado".
"Quando há uma crise, nós já sabemos que eles vão aos salários e às pensões", disse, numa crítica à AD.
Num almoço de campanha da Aliança Democrática (AD), na Estufa Fria, hoje em Lisboa, comemorativo do Dia Internacional da Mulher, Manuel Ferreira Leite considerou que o PS, que governou nos últimos oito anos, "ainda teve dois benefícios" ou "duas bênçãos que lhe caíram do céu", a pandemia de covid-19 e a inflação.
"A covid para este Governo foi uma benesse, foi uma desculpa para nada fazer, foi a possibilidade de poder ajudar quem efetivamente nessas alturas teve necessidade de apoios - e que qualquer Governo com certeza que o faria, um Governo do PSD também o faria", sustentou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.