A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a utilização de máscara para a Covid-19 nos transportes públicos, terminais de metro e comboios e nas farmácias.
A posição da DGS consta de uma norma agora atualizada e publicada no site do organismo tutelado por Graça Freitas.
Também é recomendado o uso de máscara a "pessoas mais vulneráveis, nomeadamente pessoas com doenças crónicas ou estados de imunossupressão com risco acrescido para Covid-19 grave, sempre que em situação de risco aumentado de exposição".
Os indivíduos em contacto com pessoas mais vulneráveis devem igualmente utilizar máscara, como medida de precaução.
A recomendação extende-se aos "casos confirmados de Covid-19, em todas as circunstâncias, sempre que estejam fora do seu local de isolamento até ao 10.º dia após data do início de sintomas ou do teste positivo".
A máscara continua a ser obrigatória nas seguintes circunstâncias:
• Em estabelecimentos de serviços de saúde;
• Em estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;
• Nos contactos com casos confirmados de COVID-19 durante 14 dias após a data da última exposição.
A Direção-Geral da Saúde refere que perante sintomas compatíveis com a doença a população deve recorrer ao autoisolamento e ligar para o Centro de Contacto SNS24 (808242424) ou, de forma complementar, contactar o médico de família ou a respetiva Unidade de Saúde Familiar ou outra entidade a que habitualmente recorra.
A população deve continuar a adotar as regras básicas, como desinfeção das mãos, limpeza e desinfeção dos locais de trabalho, arejamento e ventilação dos espaços interiores e etiqueta respiratória.
O distanciamento físico continua a ser "recomendado para as pessoas mais vulneráveis, bem como para residentes em instituições de apoio ou acolhimento".
"Não se trata de um retrocesso, mas de um relembrar"
Em declarações à Renascença, Gustavo Tato Borges, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, afirma não há nesta recomendação sobre o uso de máscara em transportes públicos e nas farmácias qualquer retrocesso por parte da DGS.
“Trata-se de um relembrar do papel que a máscara tem para nos protegermos uns aos outros e em situações de maior densidade populacional, mais aglomerados ou pessoas mais vulneráveis e precisam de se proteger, o uso de máscara continua a ser bastante positivo e recomendado. Não se trata de um retrocesso, mas de um relembrar de uma recomendação que a DGS faz há vários meses.”
Esta recomendação da DGS surge três semanas depois de o Governo ter decretado o fim da obrigatoriedade do uso de máscara nos transportes públicos e nas farmácias.