As seguradoras estimam pagar indemnizações de oito milhões de euros relativas aos incêndios ocorridos durante a vigência do estado de contingência e de alerta decretado em julho, segundo um inquérito da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
As conclusões do inquérito aos associados, divulgadas esta terça-feira em comunicado da APS, indicam ainda que Leiria foi o distrito com mais sinistros participados, mas os sinistros que envolvem maiores prejuízos foram participados nos distritos de Faro e de Aveiro.
A quase totalidade dos prejuízos reportados diz respeito a seguros de multirrisco, tanto de comércio e indústria (49%) como de habitação (37%).
“A situação que o país atravessou recentemente, e a frequência cada vez maior dos eventos climáticos que estão na sua origem, reforçam a importância do seguro enquanto elemento de mitigação das perdas sofridas e fator de estabilidade da vida das pessoas e das empresas”, afirmou o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, em comunicado.
O ano de 2022, segundo dados até 31 de julho do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), foi o quinto valor mais elevado em número de incêndios e o terceiro valor mais elevado de área ardida, desde 2012.
O mês de julho é este ano o que apresenta maior número de incêndios rurais, 40% do total, sendo também o mês de mais área ardida, 46.996 hectares, o que representa 81% de toda a área ardida registada este ano.
Os cinco maiores incêndios deste ano ocorreram todos no mês de julho, sendo o que consumiu mais área foi o que deflagrou no concelho de Murça, Vila Real, em 17 de julho (7.058 hectares). Segue-se o incêndio de Pombal, Leiria, com 5.126 hectares de área ardida (em 8 de julho).
Em terceiro lugar o incêndio de Chaves, Vila Real, de 15 de julho, com 3.368 hectares ardidos, depois Carrazeda de Ansiães, Bragança, em 7 de julho, com 3.330 hectares ardidos, e Ourém, Santarém, também em 7 de julho, que consumiu 2.936 hectares.